sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Uma nova e importante possiblidade

Acabei de comemorar neste dia 25 os dois anos de lançamento do Salt Magick.
Interessante as questões que envolveram o livro.
Apesar de ser apenas um resumo de um trabalho maior que ainda carece de publicação e edição, ele caminhou e hoje está além dos limites que poderia impor em sua criação.
Não que tenha previsto algo ou mesmo esperado uma resposta sobre ele.
O que eu queria apenas era o registro.
A mesma pretensão de boa parte do que escrevi e produzi relacionado a magick ao longo desta década e meia de trabalhos.
Estou feliz em saber que, mesmo despretensioso, ele foi um start para muitas outras atividades e realizações.
Mas me frustraria muito em ver que tudo poderia parar por ali.
Nestes dois anos vi pouco ou quase nada sobre o assunto produzido por brasileiros.
Quero reafirmar aqui o que sempre defendi.
Nós temos a possibilidade de criar e contribuir muito com a cultura nacional inserida no contexto, por vezes, demasiado europeu ou americano no tangente a magick.
Temos a cultura afro e indígena riquíssimas na abordagem "magicka" em seus mais variados aspectos.
Temos a influência de países próximos como Perú, Colômbia, Bolívia, Chile (e sua "Ilha de Páscoa") e outros que compõem a temática xamânica e da exploração mítica de variados assuntos.
Ressalto aqui a total ausência de bairrismo ou de alguma visão xenofóbica.
Trata-se do processo ao qual traduzo como "contribuição" ao enriquecimento dos conceitos e idéias já difundidos no amplo universo magicko.
Por um momento, tirei meus dados da mesa para observar o jogo.
O que constatei ainda me deixa com um misto de decepção e pesar por ver uma quase inércia sobre a produção voltada para "todos" e ainda a necessidade de se enclausurar em "grupos".
Não acredito em nada que se limita.
Chaos Magick não deveria se limitar a um grupo, pessoa ou segmento.
A magia, como um todo, não deveria ser represada.
Meu pensamento, entendo, ainda não é o vigente.
Porém deixo aqui o registro.
Peguem suas penas e pergaminhos.
Vamos produzir, crescer, criar, expandir, disseminar.
Não estamos mais na época dos círculos fechados onde os neófitos são excluídos e os curiosos tratados com desdém.
Todos nós, mesmo os mais veteranos dos veteranos, começaram como curiosos um dia.
Espero que 2012. Um ano 5, seja um ano caótico o suficiente para fazer eclodir novos trabalhos, idéias e propostas.
E a possibilidade de que novas portas possam se abrir a todo que se interessam pela matrix